Leilão do Evangélico: consórcio mineiro arremata os bens por 259 milhões de reais

(Curitiba, 17/08/2018) Os bens móveis, imóveis, imateriais e das atividades econômicas do Hospital Universitário Evangélico (HUE) de Curitiba e da Faculdade Evangélica do Paraná (Fepar) foram vendidos, na manhã desta sexta-feira (17 de agosto), por R$ 259 milhões. O consórcio R+ (Única Educacional Ltda e Ambar Saúde), de Minas Gerais, arrematou o lote único por quase R$ 53 milhões a mais do que o valor mínimo estipulado (R$ 205.994.575,67). 

O representante do consórcio vencedor, Ruy Adriano Borges Muniz garantiu que todos os serviços do Hospital e da Faculdade terão continuidade. “E é importante que os funcionários tenham a certeza de que continuarão conosco e recebendo seus pagamentos com regularidade”, disse. O pagamento pelos bens do hospital e da faculdade será realizado pelo consórcio de forma parcelada (sinal de 20% em até dois dias e mais 60 mensalidades).

Intervenção – O Hospital Universitário Evangélico de Curitiba e a Fepar estão sob intervenção judicial há mais de quatro anos, a pedido do MPT-PR em ação civil pública. Esta medida foi adotada, entre outras razões, para garantir a regularização do pagamento dos funcionários e honorários médicos, recolhimento do FGTS e contribuições previdenciárias, o pagamento de rescisões trabalhistas e a readequação de atribuições dos funcionários, entre outras. “Sem a intervenção, havia uma possibilidade concreta de o hospital ter encerrado suas atividades”, afirma a procuradora do Trabalho Patricia Blanc Gaidex, autora da ação.

Para o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR), Gláucio Araújo de Oliveira, o principal objetivo da intervenção judicial foi cumprido: viabilizar a manutenção dos serviços de saúde e educação, além de garantir o pagamento de grande parcela das dívidas trabalhistas. “Esperamos que com a nova administração, o hospital e a faculdade continuem mantendo um serviço de excelência, especialmente no atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde”, afirma. Hoje, 95% dos atendimentos do hospital são via SUS.

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