MPT-PR visita único abrigo que acolhe refugiados afegãos no Paraná
(Curitiba, 20/09/2024) A procuradora do Trabalho no Paraná e coordenadora regional da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Conaete) do Ministério Público do Trabalho, Cristiane Sbalqueiro Lopes, realizou uma visita institucional, no dia 19 de agosto, ao único abrigo de acolhimento a refugiados afegãos no Paraná. O local é mantido pela Missão em Apoio à Igreja Sofredora (Mais), na região metropolitana de Curitiba, e tem capacidade para atender até 100 famílias.
A procuradora esteve no local acompanhada pelo servidor do MPT Fernando Franco; pela secretária executiva da Cáritas Brasileira Regional Paraná, Márcia Ponce; do coordenador de Cidadania da Secretaria de Justiça e presidente do Conselho Estadual de Refugiados Migrantes e Apátridas (Cerma), Douglas Henrique Novelli; e da coordenadora da Política de Migrantes da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania do Paraná, Evlin Gamra. A comitiva foi recebida pelo Pastor e Missionário Luiz Renato Maia e sua esposa Francieli, e acompanhada pela voluntária Marian, intérprete de farsi/persa (idioma falado no Afeganistão), e pela residente Milaine, que mora no abrigo desde 2021 e leciona português para as crianças albergadas.
Para a procuradora Cristiane Lopes, que é membra do Grupo de Trabalho sobre migrações da Conaete do MPT, a visita foi importante para compreender os percalços do processo de acolhida e as necessidades das pessoas refugiadas. “No abrigo, havia um bebê brasileiro, nascido de pais afegãos. Uma criança forte, bem cuidada, e que tem uma chance de crescer melhor. Fomos recebidos num lar afegão cravado no Brasil. Tiramos os sapatos e tomamos chá verde, as mulheres afegãs ficaram felizes em poder falar farsi com a nossa tradutora voluntária. Foi um momento muito feliz, sentimos que apesar de toda a dor e sofrimento do povo afegão, ainda é possível encontrar alegria e esperança”, contou.
O projeto de acolhimento Renovare existe desde 2021, momento em que se agravou o caráter extremamente repressivo do regime fundamentalista Talibã para mulheres e minorias cristãs no Afeganistão. Na chácara, os refugiados recebem suporte emocional e terapêutico, moradia, roupas, suporte médico e odontológico, aulas de português e orientação para emissão de documentos, como carteira de trabalho. Depois de alguns meses, as famílias são encaminhadas para oportunidades de assentamento, para que possam reconstruir a vida, embora nem todas optem por permanecer no país.
Assessoria de Comunicação – MPT/PR
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