Procuradora do MPT-PR participa de julgamento da Eternit na Itália
A procuradora regional do trabalho do Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) Margaret Matos de Carvalho, juntamente com o procurador do trabalho Luciano Leivas, de Santa Catarina, gerente do Programa de Banimento do Amianto no Brasil, embarcam para a Itália no dia 17 de novembro para participar do julgamento em última instância do caso Eternit. Em 2013, o empresário Stephan Schmidheiny, dono da empresa, foi condenado a 18 anos de prisão por “catástrofe sanitária e ambiental permanente” e por ter infringido as regras de saúde e segurança do trabalho, pois a exposição deliberada de empregados ao amianto causou câncer em milhares de trabalhadores e moradores das proximidades da planta da empresa na Itália. A Suprema Corte de Cassazione, equivalente ao Supremo Tribunal Federal no Brasil, deverá reiterar a decisão.
Além da participação no julgamento, o objetivo da viagem é trocar informações e estratégias de investigação com os procuradores italianos responsáveis pelo caso, uma vez que a Eternit, tendo enfrentado diversos passivos na Europa, instalou sua fábrica no Brasil nos anos 40. Os procuradores italianos Sara Panelli e Gianfranco Colace estiveram no Paraná no final de 2013 para trocar experiências. Eles também se encontrarão com as vítimas e familiares do amianto na Itália. "Lá, foram 20 anos de investigação e processo de 3 mil trabalhadores que morreram de câncer. Ao MPT interessa muito trazer a experiência desses procuradores para o Brasil, porque por meio de nossas ações colaboramos para a luta mundial pelo banimento do amianto", conclui.
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