Médico aponta danos à saúde causados pelo amianto em curso no MPT-PR

Curitiba – “O amianto é o agente isolado que mais causa doenças, só perde para o cigarro”, explicou o médico do Hospital das Clínicas Ubiratan de Paula Santos, nesta sexta-feira (16), em treinamento realizado na sede do Ministério Público do Trabalho no Paraná. Segundo ele, o asbesto causa danos no organismo de quem tem contato direto com a poeira da fibra mineral. 

Geralmente graves, as doenças causadas pelo amianto são decorrentes de um processo de vários anos, como é o caso da fibrose pulmonar e do câncer de pulmão.

O curso para diagnóstico de doenças relacionadas ao asbesto é direcionado a médicos, engenheiros, técnicos de segurança, entre outros profissionais da saúde. Aproximadamente 100 pessoas participam do treinamento.

A atividade aborda quais são as doenças relacionadas ao amianto e o que fazer quando ela for diagnosticada. Os participantes também aprendem a monitorar a exposição ao amianto, avaliando o ambiente e os trabalhadores.

O médico ainda destacou a importância de profissionais de saúde capacitados em regiões onde se produz amianto. “As unidades de saúde desses locais devem estar preparadas para tratar as doenças relacionadas à fibra”, afirma Santos.

O amianto, largamente utilizado na construção civil, prejudica o meio ambiente e implica em grande risco à saúde dos trabalhadores por possuir propriedades cancerígenas. Sua utilização é proibida em vários estados brasileiros e seu uso foi abolido em 66 países. Atualmente o estado do Paraná é o maior produtor de amianto do país.

O evento, que acontece no auditório do MPT-PR até as 18 horas, é promovido pela Comissão Interinstitucional pelo Banimento do Amianto no Paraná.

ASCOM - MPT-PR

MPT-PR promove treinamento para diagnóstico de doenças relacionadas ao amianto

Curitiba – O Ministério Público do Trabalho no Paraná realiza na próxima sexta-feira, 16 de agosto, um curso de treinamento para diagnóstico de doenças relacionadas ao asbesto/amianto.

Ministrada pelo médico Ubiratan de Paula Santos, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, a atividade vai abordar quais são as doenças relacionadas ao asbesto e o que fazer quando ela for diagnosticada.

Médicos, engenheiros, técnicos de segurança, entre outros profissionais da saúde, poderão obter mais informações sobre onde existe risco de exposição ao asbesto. Os profissionais também aprenderão a monitorar a exposição ao amianto, avaliando o ambiente e os trabalhadores.

O asbesto, largamente utilizado na construção civil, prejudica o meio ambiente e implica em grande risco à saúde dos trabalhadores por possuir propriedades cancerígenas. A utilização do amianto é proibida em vários estados brasileiros e seu uso foi abolido em 45 países.

O evento, que acontece das 8 às 18 horas no auditório da sede do MPT-PR, é promovido pela Comissão Interinstitucional pelo Banimento do Amianto no Paraná.

As inscrições devem ser feitas pelo email prt9.cerimonial@mpt.gov.br.

Serviço:
Treinamento para diagnóstico de doenças relacionadas ao amianto
Local: Auditório do MPT-PR (Avenida Vicente Machado, 84 – Centro)
Horário: 8h às 18h
Inscrições: prt9.cerimonial@mpt.gov.br

ASCOM – MPT-PR

Inscrições para estágio em Direito no MPT-PR foram prorrogadas até dia 16

Curitiba – O Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) prorrogou as inscrições para processo seletivo de estágio na área de Direito. Os interessados devem se inscrever até 16 de agosto, das 13h às 18h, na sede do MPT-PR em Curitiba ou nas unidades da instituição no interior do estado.

A seleção destina-se à formação de cadastro de reserva para Curitiba, Cascavel, Campo Mourão, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Londrina, Maringá, Pato Branco, Ponta Grossa e Umuarama.

A bolsa é de R$ 800 e auxílio-transporte no valor de R$ 7 por dia de estágio realizado.

Podem participar estudantes que tiverem concluído 40% da carga horária ou dos créditos do curso e regularmente matriculados em instituições públicas ou privadas de ensino superior conveniadas com o MPT-PR.

Outras informações podem ser obtidas nos editais publicados no site: www.prt9.mpt.gov.br, no link estágio, ao lado esquerdo da página.

ASCOM - MPT-PR

MRV é condenada em R$ 6,7 milhões por trabalho escravo

Campinas – A Justiça do Trabalho de Americana (SP) condenou a construtora MRV Engenharia ao pagamento de R$ 4 milhões de indenização por danos morais pela prática de trabalho escravo, em ação civil pública do Ministério Público do Trabalho (MPT). Além desse montante, a empresa deverá pagar multa de R$ 2.620.000 pelo descumprimento de uma liminar, e mais 1% do valor da causa por litigância de má-fé (intenção de prejudicar a correta instrução do processo), equivalente a R$ 100 mil. Os valores totalizam R$ 6.720.000.

Em fevereiro de 2011, uma ação conjunta do MPT e do Ministério do Trabalho e Emprego flagrou 63 trabalhadores em condições análogas à de escravo na construção do condomínio residencial “Beach Park”, em Americana, que recebia, à época do inquérito, verbas federais do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Os migrantes eram contratados diretamente pelas terceirizadas M.A Construções e Cardoso e Xavier Construção Civil, que prestavam serviços em áreas consideradas atividades-fim da empresa.

A ilicitude da terceirização de atividades-fim nas obras investigadas no inquérito do MPT, atribuída pelos procuradores como fonte de precarização do trabalho, também foi reconhecida pelo juízo na sentença.

Decisão – “Com relação às alegações de que não há legislação no país limitando o instituto da terceirização, esclareço que, em verdade, a terceirização é tolerada no Brasil e apenas em determinadas circunstâncias, muito diferente do alegado. Ademais, a ré ignora que a jurisprudência é fonte de direito, sendo a súmula dotada de verdadeiras características de lei – generalidade, impessoalidade e abstração. Outrossim, beira a má-fé a alegação de que, simplesmente por não existir legislação específica sobre o tema, todo e qualquer tipo de terceirização seria permitida. É indubitável que esta prática acarreta a precarização dos direitos trabalhistas e, consequentemente, ataca diretamente preceitos constitucionais fundamentais”, pontua a decisão.

A ação civil pública é resultado de dois inquéritos civis instaurados pelo MPT, que constatou dano a operários que trabalhavam por intermédio de empresas prestadoras de serviço inidôneas.

Precarização – A contratação de mão de obra era feita por intermédio de “empreiteiras” subcontratadas pela construtora, na tentativa de transferir a responsabilidade trabalhista a essas pequenas empresas. O resultado foi o não pagamento de salários, alojamentos e moradias fora dos padrões legais, aliciamento de trabalhadores, entre outras irregularidades graves.

Na sentença, o juízo mostra seu convencimento acerca da existência de trabalhadores em condições análogas às de escravos. Segundo a sentença, o fato se agrava por se tratar de obra do programa “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal.

Diante da grave situação, a Justiça deferiu o pedido do MPT relativo à expedição de ofício ao Ministério das Cidades e às Superintendências Regionais e Nacionais da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, “uma vez que o numerário público não pode, mesmo por via indireta, sustentar a manutenção de trabalho escravo”.

Destino das multas – A indenização de R$ 4 milhões será destinada às instituições Seara Serviço Espírita de Assistência e Recuperação de Americana (30%), APAE de Americana (20%), APAE de Nova Odessa (20%), Lar dos Velhinhos São Vicente de Paulo (10%), Associação Ecumênica dos Portadores de HIV de Americana (10%) e Associação Beneficente Residencial Evangélico Benaiah (10%). A multa por descumprimento de liminar de R$ 6.620.000 será destinada ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e a de R$ 100 mil por litigância de má-fé será revertida à União.

Caso a MRV descumpra a sentença, pagará multa diária de R$ 1 mil por item. Cabe recurso ao Tribunal Regional do Trabalho.

Processo nº 0002084-28.2011.5.15.0007

ASCOM - MPT

MPT é destaque em duas categorias no Prêmio CNMP

Brasília – Mais de duzentas pessoas acompanharam na tarde da terça-feira (6) a solenidade de entrega do Prêmio CNMP, criado para dar visibilidade aos programas e projetos do Ministério Público que mais se destacaram na concretização dos objetivos do Planejamento Estratégico Nacional da instituição. Dois projetos do Ministério Público do Trabalho (MPT) estão entre os vencedores: Políticas Públicas de Combate ao Trabalho Infantil e o PCD Legal.

O Procurador-Geral do Trabalho, Luís Camargo; a subprocuradora-geral do Trabalho Ivana Auxiliadora Santos; o coordenador nacional de Combate ao Trabalho da Criança e do Adolescente, Rafael Dias Marques; a coordenadora nacional de Promoção da Igualdade, Andrea Lino Lopes; e os procuradores do Trabalho e Sueli Teixeira Bessa e Djailson Martins Rocha participaram da solenidade.

Políticas Públicas – O projeto Políticas de Combate ao Trabalho Infantil ficou em segundo lugar na categoria Indução de Políticas Públicas. “Este projeto é de fundamental importância, pois não se erradica o trabalho infantil sem fomentar políticas públicas. Por isso o reconhecimento do CNMP demonstra que o MPT está no caminho certo”, comentou a procuradora Sueli Bessa, primeira gerente nacional do projeto, iniciado em 2011.

O projeto é desenvolvido por meio de inspeções em municípios para avaliar políticas de combate ao trabalho infantil. O objetivo é garantir a realização de ações e serviços essenciais ao combate do trabalho infantil e proteção do adolescente.

PCD Legal – Para o procurador Djailson Martins Rocha, que recebeu a menção honrosa pela iniciativa do PCD Legal, “é muito bom que o CNMP esteja olhando para o que o Ministério Público está fazendo além das ações de combate”. “É importante que os projetos desenvolvidos em benefício da coletividade também sejam reconhecidos”, comentou. Rocha é o coordenador do projeto, que visa a aproximar o MPT da sociedade e oferecer conhecimento acessível a pessoas com deficiência sobre temas importantes e necessários ao exercício da cidadania, como os direitos do trabalhador.

O Procurador-Geral do Trabalho, Luís Camargo, ressaltou o fato de que os dois projetos nacionais do MPT premiados são recentes. “O MPT está muito feliz com a premiação, pois os projetos estão sendo desenvolvidos há apenas dois anos e já conquistaram um reconhecimento tão importante.”

Prêmio CNMP – Das 414 iniciativas concorrentes ao Prêmio CNMP, 24 foram contempladas com primeiro, segundo e terceiro lugar nas seguintes categorias: Defesa dos Direitos Fundamentais; Transformação Social; Indução de Políticas Públicas; Diminuição da Criminalidade e Corrupção; Unidade de Eficiência e Atuação Institucional e Operacional; Comunicação e Relacionamento; Profissionalização da Gestão; e Tecnologia da Informação. Além disso, 11 projetos mereceram menção honrosa.

ASCOM - MPT