MPT-PR firma TAC com madeireira para melhora nas condições de trabalho em Guarapuava

Na última quarta-feira (29), O Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) firmou Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com a madeireira J. V. Madeiras, em Guarapuava. A empresa apresentava diversas irregularidades trabalhistas, como empregados sem registro em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), falta de fornecimento de protetores auriculares e óculos de proteção, além de condições precárias de trabalho.

Através do TAC, a empresa se comprometeu a cumprir obrigações relacionadas ao registro de contrato de trabalho em CTPS, regularização de infraestrutura, elaboração e implementação de Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais (PPRA) e Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e condições dignas de trabalho aos empregados.

Após receber denúncia sigilosa relatando as tais irregularidades trabalhistas praticadas pela madeireira, foi instaurado Inquérito Civil pela Procuradora do Trabalho Cláudia Honório, sendo de providência inicial a averiguação do local. A Vigilância Sanitária do Município de Nova Laranjeiras e representante do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Guarapuava, que realizaram a inspeção inicial, confirmaram os fatos denunciados, além de outras irregularidades.

Foi concedido um prazo de 30 dias para a empresa adequar seu ambiente de trabalho e, concomitantemente, designada uma audiência administrativa. Nesse período, uma nova inspeção foi realizada, constatando-se significativa melhora das condições de trabalho oferecidas pela empresa.

Destaca-se que 16 trabalhadores tiveram seus contratos de trabalho imediatamente registrados após a atuação do MPT, visto que havia trabalhadores com cerca de um ano de trabalho não registrado. A parceria da PTM com a Vigilância Sanitária do Município de Nova Laranjeiras e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Guarapuava permitiu a pronta verificação do ambiente de trabalho e adoção das medidas pertinentes, culminando na rápida adequação das condições oferecidas pela empresa, em respeito à dignidade dos trabalhadores. 

 

ASCOM/MPT-PR

MPT-PR interdita frigorífico com 600 funcionários na região de Londrina

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Curitiba -  O Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) obteve ontem (4) liminar em ação cautelar de interdição da serras-fitas do Frigorífico Rainha da Paz, situado na região metropolitana de Londrina, no Paraná. A empresa possui cerca de 600 empregados e abate 1.800 suínos por dia.

A liminar, concedida pela juíza do trabalho Ziula Sbroglio, da 4ª Vara do Trabalho de Londrina, acolheu o pleito do MPT-PR de interdição das serras-fitas da empresa. A ausência de proteção já acarretou na amputação parcial da mão de um empregado. A ação foi ajuizada após inspeção do coordenador nacional do Projeto Nacional de Adequação das Condições de Trabalho em Frigoríficos, o procurador Heiler Natali, do MPT-PR em Londrina.

Além das serras-fitas, ainda podem ser interditadas administrativa e judicialmente outras atividades e ambientes, como a sala de máquinas, onde está situado o sistema de refrigeração por amônia totalmente em desacordo com as normas regulamentadoras (NRs 13 e 36), que garantem a saúde e segurança dos trabalhadores, e a atividade de escalpelamento da pele dos suínos, realizadas com maçaricos operados sem qualquer proteção. “O dia em que a observância às normas de saúde e segurança dos empregados desta unidade atingir o mesmo patamar de respeito à legislação sanitária aplicável aos seus porcos já terá sido um grande começo”, concluiu o procurador.

A liminar concedida determina, até a adequação final das serras-fitas interditadas – sob pena de multa diária de R$20 mil por equipamento –, a remoção imediata de todas as serras-fitas do estabelecimento para local visível aos empregados. Ainda foi vedada a utilização de equipamento em substituição que não atenda os preceitos da NR 12, bem como autorizada a Federação dos Trabalhadores das Indústrias da Alimentação do Estado do Paraná a ingressar no estabelecimento para também auxiliar na fiscalização do cumprimento da liminar.

 

ASCOM/MPT-PR

Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil realiza primeira reunião de 2014

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Curitiba - Aconteceu na tarde de ontem (3), no auditório do Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR), a primeira reunião do Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil e Regularização do Trabalhador Adolescente (FETI-PR) de 2014.

No encontro, Juara Arthuri de Almeida Ferreira, responsável pelo Programa Defesa Civil e Programa Família Paranaense, integrante da Secretaria da Educação do Paraná, explicou e mostrou o roteiro técnico do Programa de Combate ao Abandono Escolar, bem como a rede que ajuda a evitar a evasão dos alunos nas escolas, como o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Conselhos Tutelares, Conselho Estadual e Municipal de Educação, entre outros.

Para Ferreira, tentar manter o aluno na escola é só uma parte do processo. “Cada membro deve ter a consciência de que nenhum deles apenas participa da rede. Eles são a rede, nós todos somos. Nós devemos conhecer e nos envolver com os adolescentes. Por que eles reprovam? Por que não vão para a aula? Como é o ambiente familiar deles?”, declara.

Além disso, o Conselho Tutelar de Morres apresentou seu trabalho, mostrando as dificuldades e desafios enfrentados no munípio. Esse é o quarto Conselho Tutelar que se apresenta, e a programação das próximas reuniões prevê que os conselhos tutelares de todos os municípios do Estado se apresentem, de forma a se detectarem os problemas estruturais dos órgãos.

Também foi exibido um vídeo da Secretaria do Trabalho e Emprego da Bahia sobre o impacto do trabalho precoce na saúde das crianças e adolescentes. O fórum, que tem coordenadoria-executiva da procuradora Margaret Matos de Carvalho, busca soluções contra a exploração do trabalho de crianças e a defesa dos direitos dos adolescentes que trabalham.

ASCOM/MPT-PR

Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil acontece no dia 3 de fevereiro, em Curitiba

Forum web
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Reativado pela procuradora do trabalho Margaret Matos de Carvalho em julho de 2013, fórum articula autoridades

Curitiba - O Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil e Regularização do Trabalhador Adolescente do Paraná (FETI-PR) já tem sua primeira reunião de 2014 marcada: acontece no dia 3 de fevereiro, segunda-feira, às 14h. O Fórum é aberto ao público.

Diversas instituições, como o Ministério Público do Trabalho, Secretaria de Estado da Família e do Desenvolvimento Social, Secretaria de Estado da Educação e Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, além de cidadãos interessados no assunto, se reúnem no auditório da sede do Ministério Público do Trabalho no Paraná (Av. Vicente Machado, 84, Centro, Curitiba). O objetivo é aprofundar o conhecimento sobre as condições de trabalho, formulando diagnóstico sobre a questão; buscar experiências de instituições, como sindicatos, universidades e prefeituras, que tratem das condições e relações de trabalho do adolescente; e propor ações que visem soluções contra a exploração do trabalho de crianças e a defesa dos direitos dos adolescentes que trabalham.

Em seu primeiro ano após a reativação, o Fórum conseguiu aprovar o Plano Estadual de Erradicação e Execução do Trabalho Infantil e o recurso orçamentário para sua execução. No fim de 2013 foi expedido aos municípios de Curitiba, Região Metropolitana de Curitiba e Litoral do Paraná uma notificação recomendatória a fim de garantir a todos os Conselhos Tutelares uma infraestrutura adequada, com salas individuais devidamente equipadas, para o trabalho dos conselheiros e atendimento ao público.

Serviço:
Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil e Regularização do Trabalhador Adolescente do Paraná (FETI-PR)

Data: 3 de fevereiro de 2014, a partir das 14h

Local: Auditório do Ministério Público do Trabalho no Paraná - Av. Vicente Machado, 84, Centro, Curitiba

Gratuito e aberto ao público

ASCOM/MPT-PR

Conciliação: MPT-PR aciona Município de Pato Branco por contratações sem concurso público

Segundo acordo, firmado em dezembro de 2013, a Prefeitura terá que pagar R$930 mil como multa, além de exonerar funcionário sem situação irregular

Curitiba - O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pato Branco ajuizou, no dia 13 de dezembro de 2013, a execução de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) contra o município. Em audiência na Vara do Trabalho de Pato Branco, estavam presentes a procuradora do trabalho Priscila Dibi Schvarcz, a procuradora de Pato Branco Bárbara Dayana Brasil, o prefeito Augustinho Zucchi, o vereador José Gilson Feitosa da Silva, além dos advogados das partes.

Pato Branco vinha terceirizando ilicitamente funções inseridas em sua atividade-fim, contratando pessoas diretamente, sem concurso público, e utilizando-se de cargos em comissão de forma ilegal.

Um TAC foi firmado entre o MPT-PR e o município em 2007, mas a Prefeitura continuou descumprindo o acordo, tendo sido fixada multa diária de R$ 1 mil por obrigação descumprida. A multa totalizava R$ 31 mil, referente a 31 médicos contratados sem concurso público, e não foi paga, obrigando o MPT-PR a ajuizar uma ação na Justiça do Trabalho. A situação só foi regularizada em dezembro do ano passado, quando o MPT-PR e a prefeitura de Pato Branco realizaram a conciliação judicial. Foi acordado o pagamento de multa de R$ 930 mil pelos descumprimentos, valor a ser destinado a entidades públicas beneficentes ou fundos públicos, ainda a serem definidos e informadas pelo MPT e pela Justiça do Trabalho. O valor total aumentou em relação ao proposto inicialmente pelo MPT-PR por causa de novas contratações irregulares, feitas pelo município entre julho e novembro de 2012.

Foi acordado, ainda, que os procuradores jurídicos de Pato Branco que não ocupam cargo por meio de concurso público serão exonerados até o dia 31 de março. A nomeação dos aprovados em concurso público deve acontecer ainda este mês. Caso a prefeitura não cumpra o acordo novamente, deverá pagar multa de R$1 mil por irregularidade e dia de atraso, seja na nomeação dos novos procuradores ou na exoneração dos atuais contratados sem concurso público.

ASCOM/MPT-PR